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HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA (em imagens)

  • Foto do escritor: manbraga
    manbraga
  • 31 de ago. de 2023
  • 5 min de leitura

Atualizado: 16 de nov. de 2023

Em1839 foram divulgados, quase simultâneamente, dois processos fotográficos - o daguerreotipo, do francês Louis Mandé Daguérre; o positivo-negativo do inglês Henry Fox Talbot. No entanto, não foi de nenhum deles a primeira fotografia (vêr adiante, Nicèphore Nièpce).

Enquanto as primeiras experiências com fotosensibilidade de alguns elementos químicos se efectuaram em 1727, a experimentação com ópticas já vem de séc. IV a.c. e dos escritos de Aristóteles.



Silhueta

Foi o Alemão J. H. Schwartz (1787) que desenvolveu o processo (anterior à fotografia) que deu origem à utilização da silhueta.



Retrato de Homem (1787)



A câmara escura

Fenómeno óptico, é, essencialmente, uma imagem invertida projectada sobre uma parede interna, após ter atravessado um pequeno orifício, reflectindo a imagem exterior.


O italiano Giambattista della Porta (1535-1615), foi a primeira pessoa a sugerir um espelho convexo para reflectir uma imagem no papel como recurso de desenho. O estudo sobre a câmara escura começou durante a dinastia chinesa Han (206 ac) e continuado pelo árabe Alhazen, no seu "O livro da óptica" (1021), bem como Leonardo da Vinci (1452-1519).



A primeira fotografia


Joseph Nicèphore Nièpce obtém a primeira fotografia, a partir da janela do seu quarto em "Le Gras", em 1826, utilizando betume da Judeia sobre uma placa de metal. O betume da Judeia é um derivado do petróleo diluído em aguarrás. O tempo de exposição foi de oito horas.



Louis Mandé Daguérre (1787-1851)

Daguérre era um homem da imagem e já tinha inventado o diorama (modo de representação artística, trimensional) para representar vistas de cidades e panoramas. Tentando desenvolver um processo fotográfico, trabalhou com Nièpce (falecido em 1833) e em 1839 publicou o seu processo fotográfico - o daguerreótipo. Este processo requeria um pedaço de cobre banhado em prata e polido até ficar como um espelho. A seguir era exposto a vapores de iodo que o tornavam sensível à luz. Devido à sua fragilidade, a chapa era protegida por vidro.


Na fotografia, onde aparentemente não está ninguém, vêem-se apenas duas pessoas: um cavalheiro a engraxar as botas e o engraxador. Naturalmente a causa é o tempo de exposição, pois com um tempo de exposição elevado as pessoas e veículos em movimento não aparecem.







NOTA: Na fotografia, veem-se "los niños" pouco nítidos (mais uma vez, o tempo de exposição).




Henry Fox Talbot

Depois de colaborações e experiências várias com Sir John Herschel, tentado pela notícia da invenção de Daguérre, Talbot deu a conhecer os seus "desenhos fotogénicos":

- O processo de Talbot consistia em impregnar uma folha de papel com sais de prata, tornando-a fotosensível. Quando exposto ao Sol, o cloreto de prata escurecia e formava-se uma imagem de fundo avermelhado, onde se via a silhueta dos objectos. Era importante que os sais sensíveis à luz fossem removidos, através de uma solução concentrada de cloreto de sódio, para que a imagem não continuasse a escurecer.

Em1844, Talbot publicou "The pencil of nature", o primeiro livro ilustrado com fotografias originais.



Depois da utilização do papel salgado (utilizado para melhorar a textura do papel), Fox Talbot inventou o calótipo em 1841. Este processo, muito mais rápido que o papel salgado, utiliza um papel resistente que recebe um banho de nitrato de prata e, depois de seco, iodeto de potássio. Sensível à luz, é depois possível estabilizar a imagem.





O processo de Talbot, também conhecido como talbótipo, permitiu grande desenvolvimento da fotografia, dando origem a diversos processos que foram sendo utilizados até ao fim do séc. XX. Nestes processos vão variando o suporte, a substância formadora da imagem e o meio ligante.


 

NOTAS

Elementos componentes da fotografia:

1- Suporte: qualquer superfície capaz de receber uma substância sensível à luz;

(Ex.: chapas metálicas, vidro, plástico e papel)

2- Substância formadora da imagem: a substância responsável pela imagem exibida;

(Ex.: prata, a mais importante; sais de ferro)

3- Meio ligante: material transparente que aglutina os elementos formadores da imagem.

(Ex.: albumina, colódio e gelatina)


Resumo e Cronologia dos Principais Processos Fotográficos:


- 1839-1855: Daguerreótipo e Calótipo

-1855-1880: Colódio e Albumina

- 1880-1910: Produção Industrial: a utilização de Gelatina e as Provas de Papel Directo

- 1910-1970: Negativos de Película, Provas em Papel de Revelação e outra técnicas alternativas

- 1970 aos nossos dias: Autochrome, Prova Cromogénea, Provas não Cromogéneas e Fotografia Digital



 

Colódio húmido (Ambrótipo)

Originalmente como forma de curativo cirúrgico, o colódio, também chamado nitrato de celulose, é uma mistura de álcool e etanol. O uso na fotografia foi inventado por Gustave Le Grey e Frederick Scott Archer. Foi este último que aplicou o colódio na produção de um negativo numa chapa de vidro. Para manter o colódio húmido, todo o procedimento fotográfico não podia demorar mais que 10 a 15 minutos.



Cianotipia

Foi o cientista inglês John Hershel que inventou a cianotipia, em 1842. As fotografias, de forte tonalidade azulada, usavam sais de ferro em vez de sais de prata. Por serem de custo muito inferior, as provas em cianotipo tornaram-se muito populares, sendo também utilizadas em gabinetes de projectos de engenharia e arquitectura.





Papel Albuminado


Em Maio de 1839 foi publicado na revista "The Athenaeum" um texto sobre fotografia, no qual se lia: misturando clara de ovo e água em partes iguais na lavagem do papel de fotografia, seguida da sensibilização com nitrato de prata e fixando-o com iodeto de potássio, obtêm-se melhores fotografias.

A invenção do processo de impressão em albumina, tal como usado no séc. XIX, foi de Louis Blanquart-Evrard, pioneiro da fotografia em França. A receita inicial de Evrard era simples: clara de ovo batida em castelo com 25%, em peso, de uma solução de sal saturada, ficando a mistura a fermentar toda a noite. O papel era albuminado, colocando-o a flutuar na mistura, por um minuto e secando-o de seguida. O papel assim tratado não ficava sensível à luz e podia ser guardado. Para imprimir, o papel era sensibilizado com uma solução forte de nitrato de prata e, de novo, seco. O processo ficava cocluído, com a albumina pronta a ser exposta à luz.


Albuminas recentes do autor.

Azenhas do Mar


Prova em Papel Directo

Processo fotográfico de três camadas - papel, barita e gelatina (ou colódio), na qual se encontram os grãos de prata (é um POP).


NOTA: POP - print-out-paper (impressão directa ao sol)



Prova em Papel de Revelação

É, também, um processo de três camadas. É exposto a uma pequena quantidade de luz, formando-se a imagem latente. A revelação é química (DOP).




Provas Policromáticas

As fotografias cromogéneas caracterizam-se pela presença de corantes orgânicos nas cores ciano, magenta e amarelo, formadas durante o processamento. O Kodachrome (diapositivo),

lançado pela Kodak em 1935, foi o primeiro exemplo de fotografia cromogénea a ser fornecido comercialmente.




Processo de Difusão (Polaroid)

Inventado por Edwin Land, o sistema funciona da seguinte forma: o papel de transferência (suporte final da prova) contém um saco com revelador, estando o fixador dentro da câmara com a película sensível. Após a exposição, a película é puxada para fora da câmara e é nessa altura que a película e o papel de suporte se sobrepõem e passam entre dois rolos de aço, os quais rompem o saco e espalham a solução alcalina pastosa. O processamento desenvolve-se fora da câmara (película sensível), onde se forma a imagem negativa. No papel de transferência forma-se a imagem positiva (o processo não requer lavagem).




 
 
 

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